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Foto: Divulgação

‘Tropeiros da Borborema’ festeja 35 anos de preservação da cultura

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“A expressão viva do folclore brasileiro”. É assim considerado o Grupo de Cultura Nativa Tropeiros da Borborema, de Campina Grande. Pioneiro na modalidade dança folclórica, o grupo tem se destacado com o seu trabalho sério há 35 anos, na preservação da cultura popular nordestina, mantendo vivas as raízes culturais e resgatando as tradições de nosso povo.  Sua criação inspirou-se na formação histórica de Campina Grande, quando a cidade marcava os seus primeiros passos de desenvolvimento.

Os Tropeiros foram componentes importantes para o progresso e desenvolvimento da cidade Rainha, transportando alimentos, como farinha, feijão, milho e peles de animais, em lombos de mulas e jumentos em caminhadas longas que pareciam não ter fim, enfrentando a chuva e o sol quente dos sertões.

Fundado em 05 de maio de 1982, pelos professores Gerson de Oliveira Brito, Josefa de Lourdes Lira Brito e Evandro do Carmo Souza, o grupo tem como objetivo primordial pesquisar, divulgar, preservar e manter vivas as tradições do nosso povo.

Entidade reconhecida de utilidade pública por força das Leis Estadual 6.114, de 26/09/1995, e Municipal 1.645, de 16/12/1987, o grupo constitui-se num patrimônio cultural da Paraíba.

O grupo Tropeiros da Borborema já percorreu quase todos os estados brasileiros, com destaque nos principais eventos do país, a exemplo do Festival de Folclore de Olímpia-SP. Por três vezes representou o Brasil em países da Europa, a exemplo da Espanha, França e Portugal e na Coreia do Sul. Em seu invejável currículo, além de ousados títulos internacionais, foi indicado para o Prêmio Mambembe, em 1996, uma espécie de Oscar da Dança, concedido pelo Ministério da Cultura, através da Funarte. Também teve atuação destacada no Filme ‘O Cangaceiro’, de Aníbal Massaine e na minissérie ‘O Auto da Compadecida’, do paraibano Ariano Suassuna.

Como único representante do Brasil em Festivais Internacionais de Folclore, na França, foi considerado o mais autêntico do mundo, entre 22 países representados e o mais popular, na Coréia do Sul.

Em território francês, o grupo teve atuações destacadas nas cidades de Confolens, Bordeaux, Mont Blanzac, Oloron_Sainte-Marie, Marselha, Toulouse, Nay e toda a região dos Pirineus. Na Espanha, atuou com brilhantismo em Irung, Bermio, Málaga, Bilbao, San Sebastian, Guernika, Portugalete e toda a região de Anadaluzia. Na Coréia do Sul, o ‘Tropeiros’ destacou-se no Word Festival of Jeju Irlands (Festival Mundial das Ilhas de Jeju) e ainda em eventos em Seul e adjacências. Em Portugal, as atuações se concentraram em Matosinhos, Vila Nova de Gaia, São Mamede de Infesta e Barcelos, na região do Porto, e na cidade do Faro.

O ‘Tropeiros da Borborema’, que funciona como escola, desenvolve um trabalho de multiplicador, na formação de agentes culturais, inspirando a criação de vários outros grupos de atividades congêneres, que dão continuidade à preservação e resgate dos valores culturais nordestinos, em especial a dança folclórica, incluindo, também a literatura, a música e teatro.

Destaca-se em seu rico repertório, a dança do Xaxado, uma onomatopeia do xa-xa-xa das alpercatas no solo, bastante divulgada pelos cangaceiros do bando de Lampião. O Xaxado é uma dança originalmente masculina e praticada ao ritmo de baião, sempre como forma de divertimento e comemorações pelas vitórias do bando pelo sertão nordestino. Para dar mais beleza à manifestação, o grupo introduziu a figura da mulher, tornando o Xaxado um aos mais aplaudidos onde tem sido exibido.

Fonte: Assessoria

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