A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, confirmou o banimento do agrotóxico Paraquate no Brasil a partir do próximo dia 22 de setembro.
A decisão foi tomada nessa terça-feira (16), por maioria dos diretores do órgão. Com isso, o produto não poderá ser produzido ou usado no país, além da proibição da importação da substância.
Evidências levantadas pela Anvisa mostram que a utilização do Paraquate poderia causar mal de Parkinson e mutações genéticas, principalmente nos empregados que trabalham na aplicação da substância.
Parlamentares, fabricantes e agricultores já haviam solicitado a prorrogação do banimento por mais um ano para que novas pesquisas fossem concluídas.
Fabricio Rosa, da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, a Aprosoja, em manifestação enviada para a Anvisa, pediu mais prazo para que novos estudos financiados pelos produtores sejam concluídos.
Karen Friedrich, biomédica e representante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Abrasco, reforçou a necessidade de proibição do Paraquate.
A decisão pela proibição deste agrotóxico a partir de setembro de 2020 já havia sido tomada em 2017. Mas a utilização do Paraquate já era proibida em algumas culturas de frutas e hortaliças, como abacaxi, couve, beterraba, uva e pêssego.
O produto é aplicado nas plantações de soja, algodão, arroz, cana-de-açúcar, batata, entre outras.
Na próxima semana a Anvisa deve definir regras para o uso do estoque do Paraquate comprado pelos agricultores para a próxima safra.