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Foto: Assessoria

Cinema revela mistério da Rasga Mortalha, em São Domingos do Cariri

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Até meados de outubro, o caminhão-cinema do Circuito Nacional de Exibição do projeto percorrerá as cinco regiões do país para lançar em sessões abertas e gratuitas os 15 filmes feitos por moradores de pequenas cidades brasileiras.

De penas claras e olhar misterioso, uma das aves mais agourentas do interior do país fará um voo diferente no cariri paraibano. Conhecida também como Suindara, a coruja branca é uma das personagens do filme Rasga Mortalha, da diretora Pattrícia de Aquino. A obra será lançada no sábado (08/09), às 19 horas, na Praça Raimundo Asfora, em São Domingos do Cariri, na Paraíba, como parte da programação do Circuito Nacional de Exibição do Revelando os Brasis Ano VI.

Iniciada em 22 de agosto, a caravana de cinema seguirá até 11 de outubro por ruas e praças de doze estados para exibir em sessões abertas e gratuitas as ficções e documentários feitos por moradores de pequenas cidades com até 20 mil habitantes. Os 15 filmes de curta-metragem foram produzidos pelo projeto a partir de histórias reais ou inventadas contadas e dirigidas por moradores das próprias comunidades. O Revelando os Brasis Ano VI tem patrocínio da Petrobras e realização do Instituto Marlin Azul.

A estrada – Adaptado para se transformar em cabine de projeção, o caminhão-cinema é equipado com uma tela de seis metros de altura, projetores, sistema de sonorização e 200 cadeiras para acomodar os espectadores. Ao longo de 51 dias, a caravana irá visitar as seguintes cidades: Vargem Alta e Laranja da Terra (ES), Urucuia e Barroso (MG), Lençóis e São José do Jacuípe (BA), Quebrangulo (AL), São Domingos do Cariri (PB), Icapuí (CE), Bom Jesus do Tocantins (PA), Arraias (TO), Nossa Senhora do Livramento (MT), Guarujá do Sul (SC), Antônio Prado (RS) e Águas de Lindóia (SP). Também receberão a mostra os municípios de Linhares (Vila de Regência) e São Mateus, no Espírito Santo.

O FILME

Inspirado no imaginário das comunidades do interior do país, especialmente, das regiões norte e nordeste, o filme Rasga Mortalha resgata a lenda em torno de uma coruja branca agourenta. De acordo com a crendice, quando a ave passa por cima de uma casa e solta um ruído semelhante a um “pano sendo rasgado”, alguma morte está prestes a acontecer por perto. Como se o ruído da asa avisasse aos vivos sobre o rasgar da mortalha de algum doente da família ou da vizinhança. “O filme é importante para mostrar as histórias do interior do Brasil e eternizá-las nas telas, resgatar lendas muitas vezes esquecidas e revelar essa riqueza histórica também para um público que não conhece estas lendas”, salienta Pattrícia.

A diretora – Atriz, diretora, roteirista e graduanda em Teatro na Universidade Federal da Paraíba, Pattrícia de Aquino atuou em mais de dez espetáculos como atriz. Dirigiu doze peças de teatro.Na TV, participou da minissérie Amazônia de Galvez a Chico Mendes, exibida na Rede Globo. Foi indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema Comunicurtas (2013), em Campina Grande, na Paraíba. Participou do Júri no Festival Cine Açude Grande de Cajazeiras, no estado paraibano, em 2018. Produziu três espetáculos e é professora de teatro.

Para a diretora, participar do Revelando os Brasis trouxe-lhe a oportunidade de aprofundar os conhecimentos na área audiovisual. “Ser diretora e roteirista desta obra, dirigindo atores veteranos que confiaram totalmente no meu trabalho, me deixa muito feliz. Gratidão é a palavra-chefe desse filme em todos os sentidos”, comemora Pattrícia de Aquino.

REVELANDO OS BRASIS

Criado em 2004, o Revelando os Brasis tem por objetivo geral promover a inclusão e a formação audiovisuais através do estímulo à produção de filmes. O projeto promove processos de iniciação audiovisual, oferecendo aos moradores das pequenas cidades a possibilidade de contar as suas próprias histórias por meio de filmes que retratem o seu universo simbólico.

O Revelando os Brasis é desenvolvido nas etapas de formação, produção e difusão. Na primeira fase é realizado o Concurso Nacional de Histórias direcionado aos moradores de cidades com até 20 mil habitantes. A última edição bateu o recorde de inscrições: foram recebidas 951 histórias de todos os cantos do país. Dos 5.568 municípios brasileiros, 3.924 têm até 20 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE (2010).

Na segunda fase, é realizada a Oficina de Realização Audiovisual, no Rio de Janeiro, quando os autores das histórias selecionadas aprendem, com a orientação de profissionais renomados do cinema, todas as etapas de realização de um filme, incluindo aulas de roteiro, produção, direção, som, fotografia, direção de arte, edição, comunicação e mobilização comunitária.

Na terceira fase, os autores retornam às suas cidades para a filmagem, com recursos e o acompanhamento técnico do projeto. Por meio de um processo de mobilização, familiares, vizinhos, amigos e artistas locais são estimulados a integrar as equipes, desempenhando funções artísticas, técnicas e de apoio. Após a gravação, os diretores seguem para a edição das obras.

A quarta fase é marcada pelo Circuito Nacional de Exibição. As obras são apresentadas em sessões abertas e gratuitas nas cidades selecionadas. Para completar o processo de difusão, todas os filmes, reunidos em um box de DVDs contendo ainda o making of do projeto, são distribuídos para bibliotecas, escolas públicas, universidades, pontos de culturas, instituições públicas e cineclubes ligados à educação e à cultura de todo o Brasil.

Os filmes são ainda exibidos em mostras e festivais nacionais e internacionais. Desde a criação do projeto, há quatorze anos, foram realizadas 195 obras audiovisuais dirigidas por moradores de pequenas cidades.

SERVIÇO

Revelando os Brasis Ano VI

Circuito Nacional de Exibição

Lançamento do filme Rasga Mortalha

Data: 08 de setembro (sábado)

Local: Praça Raimundo Asfora – São Domingos do Cariri – Paraíba

Horário: 19 horas

RASGA MORTALHA

Direção, roteiro e produção: Pattrícia de Aquino

São Domingos do Cariri – PB

Nasceu em 1979. Ensino Superior. Atriz.

Ficção: Seu Arlindo desconfia que uma coruja agourenta possa ser a responsável pelas mortes dos moradores da cidade onde vive. Para acabar de uma vez por todas com a tristeza da população local, ele decide pôr fim ao mistério. A ficção é baseada na lenda da “Rasga Mortalha”, ave comum no interior do Brasil.

Fonte: Assessoria

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