Um dia antes de encarar a trilha de Machu Picchu, em janeiro de 2012, Lucas Felix fez o primeiro show da sua vida. Com 24 anos e algumas letras escritas sem compromisso, ele nunca tinha imaginado seguir a carreira musical. Queria, sim, ser compositor. Mas, cantor, sequer havia passado pela sua cabeça. Até que em um pub, em Cusco, no Peru, seus amigos pegaram alguns instrumentos do bar e lhe restou apenas o microfone. Lucas nem precisou fazer o retiro espiritual do dia seguinte para saber que era aquilo que queria para sempre.
Nascido e criado em Niterói, no Rio de Janeiro, Lucas decidiu estudar música e gravar seu primeiro disco depois que voltou do mochilão pela América Latina. Ao mesmo tempo que aprendia a cantar e a tocar violão, gravava suas canções autorais com a ajuda de amigos. Seu primeiro show oficial foi em dezembro de 2013, quando lançou seu álbum “Céu de Poesias”.
Lucas começou na MPB, mas passeou por outros gêneros durante a carreira. Foi ouvindo bastante alguns medalhões da música popular brasileira – como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia – e novos artistas do gênero – como Gilsons e Silva – que ele reencontrou sua raiz e achou sua identidade artística.
Depois do primeiro álbum, Lucas gravou mais 4 EP’s e outros singles bem recebidos pela crítica especializada. Seu último EP, “Convite”, gravado durante a pandemia, contou com grandes nomes da música brasileira – Mariana Aydar, Mestrinho, Letieres Leite, Lucy Alves e Illy. A música “Saudade É Tempero de Vó”, em que teve a participação de Mestrinho, tem mais de um milhão de views orgânico em seu canal no YouTube.
No final de 2022, Lucas soltou a faixa “Encontro”, que abre os caminhos para o lançamento do seu próximo álbum, “Canto Que Vem do Mar”, em 2023. Para este projeto, o artista escreveu canções sobre o Brasil e tudo o que o país representa para ele, passando por temas como o mar, a fé, o amor, a dança e a festa. “Como diz o pesquisador Luiz Antonio Simas, o brasileiro não faz festa porque a vida é fácil. Mas, sim, porque a vida é dura. E é nesses momentos de escape que quero que a minha música encontre as pessoas”.
