O filme “Mira”de Sóllon Rodrigues, é ambientando numa paisagem árida num futuro distópico, devastado pela seca e pelas ações humanas. Nela vive uma mulher de nome Mira (Beti Rodrigues), que vaga nessa paisagem, revirando pedregulhos e arbustos em busca de migalhas que a mantenham viva. Ela alimenta a esperança de reencontrar seu filho (Minino) e marido (Ciço), desaparecidos por tanto tempo que nem ela mesma sabe ao certo.
Mira vive entre a dureza do presente, o passado e os sonhos e reluta em permanecer naquele lugar inóspito, mesmo contra todos os fatores que podem lhe custar a vida e a sanidade mental.
Nessa trama, por vezes, aparece uma figura misteriosa que troca água e grãos por joias com a protagonista. Joias essas que são encontradas na paisagem quase aleatoriamente.
Inspirado em uma lenda rural da ‘Botija’, que consistia na prática de guardar dinheiro e bens preciosos em casa, num pote de barro, onde as pessoas depositavam a “herança” e enterravam para evitar roubos e para que os herdeiros desfrutassem no futuro. Em muitos casos a pessoa que enterrava, acabava morrendo sem dizer onde o “tesouro” estava e esse ficava perdido.
O filme integra a programação de exibição do Cine Cultural, que acontece neste sábado (29), no Cineteatro São José, a partir das 16h. A programação completa do evento você confere CLICANDO AQUI
