O Brasil alcançou este ano a marca de 211,7 milhões habitantes, número que representa um aumento de 0,77% na comparação com a população estimada em 2019. Os dados fazem parte de um estudo, divulgado nessa quinta-feira (27) pelo IBGE, e que tem como data de referência o dia primeiro de julho. O levantamento mostra que quase 30% dos brasileiros estão concentrados em apenas 17 dos 5.570 municípios, sendo 14 capitais.
No ranking dos estados, São Paulo segue como o mais populoso, com 46 milhões de habitantes, o que representa quase 22% da população total do país. Em seguida aparecem Minas Gerais, com 21 milhões; e Rio de Janeiro, que concentra quase 17,5 milhões de habitantes.
O detalhamento da pesquisa mostra ainda, que os cinco estados menos populosos ficam todos na Região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia.
No recorte por municípios, São Paulo também continua sendo o mais populoso, com 12,3 milhões habitantes; seguido pelo Rio de Janeiro, que contabiliza mais de 6,5 milhões de pessoas; Brasília, com 3 milhões; e Salvador, que ultrapassou os 2,8 milhões habitantes. Já a menor população é a da cidade mineira de Serra da Saudade, onde vivem apenas 776 pessoas.
O perfil médio das cidades, traçado pelo gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Minamiguchi, mostra que os municípios menores apresentaram tendência de redução populacional.
As estimativas indicam também um aumento gradativo da quantidade de grandes municípios no país. No Censo de 2010, somente 38 cidades tinham população superior a 500 mil habitantes; e 15 delas tinham mais de 1 milhão de moradores. Este ano já são 49 os municípios com mais de 500 mil habitantes, sendo 17 os que superam a marca de 1 milhão de pessoas. Márcio Minamiguchi apresenta outros dados que reforçam essa tendência.
O estudo mostra, ainda, que em 28% dos municípios brasileiros as taxas de crescimento foram negativas, ou seja, houve redução populacional.
As estimativas divulgadas pelo IBGE são utilizadas como parâmetro pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.