A Paraíba segue com expectativa de ter uma safra de 20% a 30% maior que a do ano passado, segundo previsão feita pelo IBGE em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O período chuvoso tem animado o setor no estado que espera produzir 80 mil toneladas de milho mesmo em meio à pandemia de coronavírus.
Contudo, se a produção será recorde, a comercialização será profundamente afetada em razão das medidas de isolamento social. De acordo com o gerente regional da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) em Campina Grande, Ailton Francisco dos Santos, ainda não é possível precisar em termos percentuais a queda nas vendas do milho em relação ao mesmo período em 2019, mas a pandemia e as suspensões de festas juninas, além da proibição de fogueiras e outras atividades tradicionais da época afetarão consideravelmente a procura pelo produto no estado.
Com o aumento da oferta e a queda na demanda, a expectativa é que o preço da tradicional ‘mão de milho’ com 50 espigas tenha uma queda. No ano passado, o valor do produto variou entre R$ 25 e R$ 30. Já em 2020, a mão de milho poderá ser encontrada por menos que R$ 25.
Neste cenário negativo, em relação às vendas e ao preço do alimento, a orientação por parte da Empaer para os produtores de milho é se reinventar. O armazenamento surge como possível garantia de bons frutos na comercialização futura, ou mesmo para consumo até a próxima safra.