O Tribunal Superior Eleitoral começou, nesta quarta-feira (26), o Teste Público de Segurança das urnas eletrônicas para a eleição municipal de 2020. Esse teste é realizado periodicamente, sempre antes das eleições, como destacou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso: “E um momento no qual o Tribunal Superior Eleitoral abre corajosamente os seus sistemas para que a comunidade científica, instituições, sociedade civil e partidos busquem falhas que possam comprometer a segurança do processo”. Barroso ainda ressaltou que os testes permitem ao Tribunal corrigir possíveis falhas: “A votação por meio da urna eletrônica já passou por diversas auditorias, mas nunca foi constatada nenhuma fraude que tenha alterado resultados das escolhas legítimas feitas pelos eleitores”.
Serão três dias de testes, onde um grupo de investigadores formado por peritos da Polícia Federal vão avaliar as correções feitas pelo TSE após os testes do ano passado.
Em 2019, os peritos conseguiram ultrapassar algumas barreiras e alterar arquivos. Porém, uma vez alterados, a urna eletrônica não mais reconheceu esses arquivos, como explicou o secretário da Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janine: “Esse plano de ataque tentou modificar esses arquivos; na medida em que eles foram modificados, a urna eletrônica detectou que não eram mais artigos íntegros e não prosseguiu…”. O secretário do TSE ressalta que, durante os testes, várias barreiras de segurança da urna são desativadas e informações privilegiadas ficam à disposição dos investigadores, o que torna o ambiente mais favorável para o investigador tentar invadir a urna, o que não ocorreria caso uma tentativa de fraude real fosse efetuada.
