Atendendo à proposta dos organizadores do Festival Internacional de Música de Campina Grande (FIMUS CG), a Câmara Municipal de Campina Grande aprovou por unanimidade, o projeto de lei, de autoria do vereador Renan Maracajá, que institui 2019 como o Ano Jackson do Pandeiro, em celebração ao centenário de um dos maiores artistas da música brasileira.
O artista paraibano será o grande homenageado da décima edição do FIMUS CG, cuja programação contará com exposições, entrega de comendas, concursos literários, concertos didáticos, oficinas de pandeiros e simpósio, além de um musical, de autoria de Astier Basílio, intitulado O Marco do Rei do Ritmo.
“A minha ideia foi narrar, em forma de literatura de cordel, a trajetória de Jackson, desde sua saída de Alagoa Grande, quando vai a pé para Campina Grande, passando por suas apresentações no Cassino Eldorado, a parceria com Rosil Cavalcanti e a carreira de sucesso até a Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, sendo que cada momento é narrado ao som de um ritmo específico”, adianta Astier Basílio. “A maior dificuldade foi resumir tudo em um espetáculo de cerca de hora e meia de duração. Tinha material pra mais de quatro horas de musical”, confessa.
José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, nasceu em 31 de agosto de 1919, em Alagoa Grande, PB. Passou boa parte da vida em Campina Grande, onde foi engraxate, ajudante de padaria e deu início à sua carreira como músico. O apelido de Jackson foi inspirado em um personagem americano de filme de faroeste (Jack Perry). Fez grandes parcerias com Luiz Gonzaga, Edgar Ferreira e Rosil Cavalcanti, sendo considerado o maior ritmista da música brasileira. Morreu de embolia pulmonar e cerebral em 10 de julho de 1982, aos 62 anos, em Brasília.