O Instituto Butantan solicitou apoio ao Ministério da Saúde de R$ 1,9 bilhão para a ampliação de testes e produção da vacina desenvolvida na China contra o novo coronavírus, a chamada Coronavac. Com este dinheiro, o Instituto Butantan, que pertence ao governo de São Paulo, poderá dobrar a produção da vacina, chegando a 120 milhões de doses para 2021.
Nesta quarta-feira (26), o secretário estadual de Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, estiveram reunidos com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello em Brasília. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirma que os recursos serão usados nos estudos clínicos, ampliação da fábrica e produção da vacina. O secretário estadual de Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, afirmou que houve um aceno do Ministério da Saúde sobre a liberação de recursos para o Butantan.
Para este ano, o Instituto Butantan terá disponível para o SUS 45 milhões de doses até dezembro. Lembrando que para imunização, cada pessoa precisará de duas doses da vacina. O presidente do instituto afirmou ainda que os critérios para vacinação devem ser estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
A vacina que está sendo testada pelo Butantan deve ter os estudos clínicos apresentados para a aprovação da Anvisa ainda em outubro. O medicamento está sendo testado em 9 mil voluntários em 6 estados brasileiros.
O Ministério da Saúde não participou da coletiva, mas informou, em nota, que está atento aos estudos e a todas as vacinas em desenvolvimento e garante que, assim que tiver acesso à vacina comprovadamente eficaz contra a Covid-19, colocará à disposição dos brasileiros.
A Fiocruz já foi contemplada com R$ 2 bilhões para produção no país de outras 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.
