O uso do plasma convalescente em pacientes graves da Covid-19 pode reduzir a mortalidade pela doença. É o que mostra estudo feito pelo Hemorio com 150 pacientes internados nos hospitais Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, e no Instituto Estadual do Cérebro. O plasma convalescente é retirado do sangue de pacientes que já se recuperaram da Covid-19 e tem anticorpos para a doença.
O diretor do Hemorio, Luiz Amorim, disse que o estudo vai ser divulgado neste mês de setembro e que por isso não poderia dar mais detalhes. Mas, adiantou que as respostas são animadoras e que além do grupo que fez parte do estudo, o plasma tem sido utilizado em pacientes graves, de forma humanitária.
A mesma técnica do plasma convalescente foi aplicada nas epidemias de ebola e H1N1; e surge como mais uma possível estratégia para o combate ao coronavírus.
Nessa segunda-feira (31), o Hospital Icaraí e o Hospital e Clínica São Gonçalo iniciaram campanha nas próprias unidades para que funcionários e colaboradores que já foram infectados pelo novo coronavírus doem plasma do sangue. Nestas unidades, o material vem sendo usado experimentalmente em pacientes com a doença, mas os estoques estão reduzidos.