Madre surgiu de uma inquietação: a inadequação dos papéis atribuídos aos sujeitos sociais apenas pela sua condição de gênero. Particularmente, o papel delegado à mulher a partir de um senso comum já invalidado na contemporaneidade – aquele de que esta tem necessariamente que experimentar a maternidade. Mais que isso: tem que desempenhar esse papel a partir das expectativas sociais, abdicando do próprio ego para se dedicar a um amor supostamente incondicional.
Para realização da proposta dramatúrgica foram encenados sete monólogos onde as vozes dos filhos compõem os retratos (sob o exclusivo viés da experiência filial) de suas mães. Um ponto fulcral dessa dramaturgia é o tratamento iconoclástico da maternidade, expondo nos relatos dos filhos os perfis de mães fora da expectativa de normalidade.
Indiferentes, opressoras, incestuosas, pervertidas, sádicas e assassinas, as personagens da encenação nascem do fértil terreno da realidade noticiada – da qual serviram de inspiração casos emblemáticos de inversão, ruptura e/ou desmistificação do papel de mãe.
Madre está sendo realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal, por meio da Secretaria de Cultura de Campina Grande (PB).
SERVIÇO
- MADRE
- QUARTA (25/09)
- 19h30
- TEATRO FACISA
- ENTRADA GRATUITA
- ELENCO: @valquiriateatro / @erikbrenooficial / @antonionunes4367 / @juliocesarrolim / @luisaugustobrito e @joh.albuquerque.
- Direção de movimento @romeromota
- Música @fabiogalvaodantas
- Cenografia @jarrierdantas
- Iluminação @ribeirojorgeluisribeiro
- Direção @sauloqueirozaraujo