Segundo relatório divulgado pelo Banco Central do Brasil, aproximadamente 4,6 milhões de brasileiros não têm condições de pagar suas dívidas. A instituição considerou como endividado de risco aqueles que atendem a dois ou mais dos seguintes critérios:
+ Atrasos superiores há 90 dias no pagamento das parcelas de crédito;
+ Comprometimento da renda mensal acima de 50% devido ao pagamento do serviço das dívidas (pagamento de juros e amortizações do valor emprestado);
+ Várias modalidades de crédito simultaneamente: cheque especial, crédito pessoal sem consignação e crédito rotativo;
+ Renda disponível (após o pagamento das dívidas) mensal abaixo da linha de pobreza (R$ 439,03 mensais).
O professor e economista Arlindo Almeida explicou que na situação atual é muito difícil que esses endividados consigam pagar seus débitos, por conta de todos os problemas ocasionados pela pandemia do novo coronavírus, como o desemprego, por exemplo. Para Arlindo, é preciso esperar e torcer para que o governo tome alguma providência na busca por equacionar essas dívidas, junto aos bancos. O professor explicou o estudo feito pelo Banco Central.