O Museu Casa Pedro Américo, na cidade de Areia, abre as portas na Semana Nacional dos Museus com uma programação diferenciada. O espaço guarda a memória do mais importante artista plástico paraibano, que eternizou o grito de independência do Brasil de Dom Pedro I no quadro “O Grito do Ipiranga”.
O museu ficará aberto para visitação do dia 15 ao dia 21 de maio das 8h às 17h. Os visitantes vão poder conhecer o espaço e um pouco da história do artista com um ator fantasiado de Pedro Américo como guia de turismo. Outro grupo de atores também fará encenação viva das telas pintadas pelo pintor areiense.
Entre os dias 15 e 17 vão acontecer também atividades educativas com estudantes das escolas municipais de Areia. Os alunos farão visitação e um grupo de estudantes vai apresentar a história de Pedro Américo para os turistas. No dia 17, entre 17h e 19h sarau com música instrumental e declamação. E do dia 18 ao dia 21 tem a apresentação do trabalho “Pedro Américo in memorian” para os visitantes.
Além da Casa Pedro Américo, o município tem também o Museu da Rapadura, na Universidade Federal da Paraíba, e o Museu Regional de Areia, que estarão abertos esta semana. A cidade, por ser Patrimônio Cultura e Histórico Nacional, tem ainda um Centro Histórico com mais de 400 casas que preservam a arquitetura oitocentista. Outros pontos turísticos são as igrejas do período colonial, a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que resguarda evidências do período escravocrata, e o Teatro Minerva, primeiro da Paraíba.
Durante a Semana Nacional do Museu é comemorado também o aniversário de emancipação política de Areia e a cidade estará recebendo ainda o projeto Cine Sesi Cultural, com exibição de filmes em praça pública. A programação da festa de aniversário envolve apresentação de banda filarmônica, atrações culturais, feira de artesanato e de gastronomia, lançamento de livros, shows na Praça Central.
A cidade de Areia, no Brejo da Paraíba, tem um dos legados históricos mais importantes do estado, pois viveu sua efervescência cultural e comercial no século XIX com a atividade de cultivo de cana de açúcar e os mais de 100 engenhos ativos. Por isso, virou um lugar frequentado pelos grandes comerciantes e também intelectuais da época.
A cidade ganhou o título de “Berço da Cultura” no estado por este motivo. Além de Pedro Américo, outros grandes nomes das artes, do conhecimento e da política nasceram na cidade, como o escritor José Américo de Almeida, percussor da literatura regionalista com o livro “A Bagaceira”, ou o grande historiador Horácio de Almeida.
