A vacina de Oxford será testada em mais pessoas aqui no Brasil. Isso porque a Anvisa, a Agência de Vigilância Sanitária autorizou ampliar o número de voluntários. Com isso, o total de participantes que vão receber as doses experimentais da vacina contra o novo coronavírus passou de 5 para 10 mil pessoas.
A faixa etária dos participantes do teste também foi ampliada e agora, pessoas com mais de 69 anos também farão parte dos ensaios clínicos.
A produção da vacina é uma parceria entre a universidade britânica Oxford, e daí vem o nome dela, com a gigante farmacêutica, também britânica, AstraZeneca.
Além do acordo para compra e fabricação do imunizante no país, o Brasil é uma das nações onde os testes estão sendo realizados. A instituição responsável por conduzir as análises em voluntários brasileiros é a Unifesp, a Universidade Federal de São Paulo.
Até o momento, os testes eram realizados em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. Com a ampliação do número de participantes, o imunizante será testado também no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte.
Existe um acordo do governo federal para a aquisição de insumos para a produção da vacina aqui no Brasil. A ideia é adquirir princípios ativos para 30 milhões de doses até o início do ano que vem e depois, por meio de transferência de tecnologia, ter a produção de mais de 70 milhões de unidades da vacina em 2021, conduzidas pela Fundação Oswaldo Cruz.
É importante lembrar que há uma semana o laboratório AstraZeneca suspendeu os testes com a vacina, em razão de reações adversas em um voluntário na Inglaterra. No último sábado (12), no entanto, a Autoridade Sanitária do Reino Unido autorizou a retomada dos testes e nessa terça-feira o estudo recomeçou também no Brasil.